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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Chegou a hora deles!

23 rodadas do Brasileirão já se passaram e eles começaram a exercer o principal papel dos árbitros brasileiros na atualidade. Que é o de "ajudar" algumas equipes a atingirem os seus objetivos ao longo da competição. Creio que já até passou da hora de eles começarem e foi dito e feito. No jogo do último sábado, entre Botafogo e Cruzeiro, no Engenhão(RJ), ministrado por Héber Roberto Lopez e auxiliado por Altemir Hausmaan e José Amilton Pontarolo, foi altamente influenciado por duas decisões completamente equivocadas de Héber.

A primeira ocorreu ainda quando a equipe estrelada perdia por 1x0, quando Diego Renan cruzou a bola na área e Farías colocou para dentro. O árbitro anulou o gol, por conta própria, mesmo após o assistente considerar o gol legítimo. Foi acusado que a bola saiu das quatro linhas ainda quando estava com o lateral do Cruzeiro. Já no segundo tempo, quando o time de Cuca vencia o jogo por 2x1, Héber deu um penalti fora da área para os comandados de Joel Santana.

Há certas coisas que ocorrem por engano, mas toda hora não pode! A torcida celeste ficou completamente revoltada com os erros de arbitragem que tiraram da equipe a 2ª colocação do campeonato e cedeu uma vantagem ainda maior para o Corinthians, o que nos leva a entender o por que da anulação de um gol legítimo e um penalti fora da área. Afinal, o Timão vive o seu centenário e a CBF vive dando títulos ao eixo Rio-São Paulo.

O Brasil inteiro se lembra do que o Internacional, de Porto Alegre, viveu no campeonato. Fizeram uma excelente campanha, mas devido ao fato de terem que jogar contra os árbitros, ficaram sem a taça, que foi coincidentemente passada ao Corinthians, que tinha Tévez e Mascherano como grandes estrelas do time. O país inteiro ficou bastante chateado com tal ocorrência, afinal, queríamos ver uma briga saudável pelo título, e não algo que já tinha sido compra há muito tempo.

Creio, que mediante situações como essa, devemos ter ainda mais vergonha do futebol que temos que tolerar no nosso país. Pois, hoje em dia não são os times que tem o melhor futebol que se consagram campeões, mas sim as equipes que possuem maior patrocínio para que possam pagar a quem for preciso a quantia necessária para se levantar uma taça. Definitivamente uma fatalidade para o futebol nacional.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Recorde à vista!

No próximo sábado (18/09), a equipe estrelada buscará mais uma vitória contra o Botafogo, no Engenhão (RJ). Sem dúvida é um daqueles jogos que podemos considerar que valem 6 pontos, afinal é uma disputa dentro do G-4 da competição.

Mais do que os "6 pontos", o Cruzeiro visa dois grandes feitos dentro do campeonato: 1) Atingir sozinho o maior número de vitórias da competição até o momento e 2) Igualar ao Fluminense na sequência de 3 vitórias fora de casa.

Até o momento o Cruzeiro possui uma sequência de 5 vitórias, sendo elas sobre o Flamengo (1x0), Palmeiras (3x2), Internacional (1x0), Avaí (2x1) e Guarani (4x2), e está empatado justamente com o Botafogo, que fez a sequência entre a 12ª e 16ª rodada. 

O técnico Cuca contará com o retorno dos laterais Jonathan e Diego Renan e também do meia Roger, que cumpriram suspensão automática na partida contra o Guarani, em Sete Lagoas. O goleiro Fábio também confirmou o retorno e voltará a vestir a camisa 1 contra o Botafogo. O goleiro machucou o dedo no jogo contra o Avaí (2x1) no último domingo, pela 21ª rodada do Brasileiro.

Cruzeiro e Botafogo se enfrentam no próximo sábado à partir das 18h30' e será transmitido pelo canal SporTv para todo o Brasil, menos para o estado do Rio de Janeiro. 

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Para a mídia, será que apenas Rio e Sampa podem conquistar o brasileiro?

?Muito me admirou na última quarta-feira(15/09/2010) o narrador Cléber Machado durante a transmissão do duelo entre Fluminense x Corinthians, no Engenhão (RJ), jogo no qual a equipe de Adilson Batista venceu por 2x1. O narrador da Globo citou a todo instante que o jogo era uma 'daquelas pequenas decisões que temos durante o campeonato', esquecendo do Cruzeiro, que na hora da partida, ocupava a 2ª colocação do Campeonato Brasileiro.

Entendo que a mídia esportiva no país, nos tempos atuais, valorizam muito mais times do eixo Rio-São Paulo, desprezando equipes de Minas e da região Sul, por exemplo: Cruzeiro, Atlético-MG, Grêmio e Internacional. Essas quatro equipes possuem carreiras vitoriosas ao longo de sua jornada e mais títulos do que várias equipes paulistas e cariocas.

Afunilando ainda mais essa questão de títulos, todas as equipes listadas acima possuem 2 Taças Libertadores da América, exceto o Atlético-MG que ainda não possui nenhuma conquista do torneio. E, entre essas equipes, Cruzeiro e Grêmio se destacam por obterem o recorde de títulos da Copa do Brasil, sendo 4 troféus para cada lado.

Claro, não estou desmerecendo as equipes do eixo, mas é um absurdo que a mídia continue colocando uma viseira e enxergando somente quem eles querem, e da maneira que querem. Ontem, a Globo também mostrou apenas lances de equipes paulistas, de grande porte, que jogaram às 19h30, esquecendo de jogos importantes para a rodada como os duelos das equipes mineiras.

Acho que agora, mais do que nunca, torço por um título do Cruzeiro no Campeonato Brasileiro 2010, sei que ainda é bem cedo para prever qualquer coisa, mas tudo ainda é possível nesse campeonato, e creio que só dessa forma o futebol mineiro voltará a ter o respeito que merece.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Por que acreditar?

Quatorze anos. É o tempo que levou para o basquete brasileiro voltar a ser notado... pelos brasileiros. Um sexto lugar nas Olimpíadas de Atlanta, 1996, foi o melhor resultado da seleção nesse período. Mas isso pode mudar.

Nesse intervalo de tempo, a chegada dos primeiros brasileiros à NBA mascarou um pouco a podridão interna do basquete nacional. Ao mesmo tempo que Nenê, Leandrinho e Varejão alcançavam o topo do basquete mundial, a seleção brasileira já acumulava duas Olimpíadas sem ser representada.

No Mundial de 2006, no Japão, o basquete brasileiro chegou ao fundo do poço. Foi quando o time, bi-campeão mundial, fez a pior campanha de sua história, ficando na 19º posição, em uma competição de 24 seleções. E as nossas “estrelas” de NBA estavam em quadra.

Depois de críticas e boicotes à liga nacional, a CBB passou por mudanças políticas. Em 2009, uma nova liga foi estruturada e treinadores estrangeiros passaram a implantar sua filosofia na seleção brasileira, uma vez que os brasileiros não foram competentes o bastante para, sequer, manter um grupo unido durante uma competição.

Hoje, a seleção vive seu melhor momento desde Atlanta. Venceu a Copa América de 2009 (torneio classificatório para o Mundial) e se classificou bem no grupo mais difícil da competição. Tem um técnico campeão olímpico e tem um grupo unido e focado no objetivo: jogar com raça.

Nesta terça-feira, oitavas-de-final contra a melhor seleção do planeta, de acordo com o ranking da FIBA. Campeões olímpicos de 2004. Então, por que acreditar que o Brasil avançará às quartas-de-final?

Alguns motivos me fazem pensar que os hermanos voltarão para casa amanhã. Primeiro, a ausência de, talvez, o melhor jogador da história dos portenhos, Manu Ginóbili, e também a de Andrés Nocioni. Ambos jogam na NBA. Sem eles, restam “apenas” Luis Scola, o cestinha da competição até o momento, e Carlos Delfino, ambos da NBA, como destaques da equipe. E os - bons - números dos dois são relativamente enganosos, uma vez que o grupo da Argentina foi talvez o mais fraco.

Mas os motivos mais importantes estão do lado de cá do Rio Uruguai. Como mencionado, a Argentina venceu os Jogos Olímpicos de Atenas, treinada por Ruben Magnano. Hoje, ele treina o Brasil. Outro grande motivo é o elenco brasileiro. Apesar de não contar com Nenê, o grupo, que joga junto há anos, conta com jogadores em seu auge técnico, como Leandrinho, Varejão, Marcelinho e Huertas. Splitter, considerado por muitos o melhor jogador do planeta fora da NBA até o fim desta última temporada, é o melhor jogador do time e não me atrevo a dizer que está em seu auge. Ainda acho que ele crescerá muito e terá o destaque que merece nos EUA.

O Brasil está forte e motivado. Jogar contra a Argentina, no dia em que se comemora nossa independência, já é combustível o bastante para os jogadores suarem sangue amanhã em Istambul. Perder para a número um do mundo não será demérito, mas vencê-la será histórico. Será o marco da mudança para melhor do basquete no Brasil. E eu acredito que serei testemunha desse marco.
 
Jornalismo PUC-MG - Turma 1º/2010